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domingo, 14 de julho de 2013

Das coisas que não tem preço

Das coisas que não tem preço.

Não há nada melhor do que revirar os arquivos do computador, ver textos antigos, as músicas, as fotos incríveis. Relembrar momentos vividos com pessoas, amigos, e amores que existiram e outros que ficaram apenas no desejo. 

Tudo isso não tem preço. Não tem preço mesmo...

Sabe, parar um pouco e perceber que por mais que o tempo passe, ele, (o tempo), já te ajudou a ter momentos fabulosos e incomparáveis. Essa é a maravilha da vida, a lembrança do viver, do vivido. Fico feliz de ter lembranças boas, lembranças saudáveis. 

Juro, lendo tudo àquilo que escrevi, sentido novamente aquilo que senti quando escrevia, é fascinante, surpreendente. Chego ao ponto de não acreditar que foram realmente minha aquelas poucas palavras e linhas. Tudo isso não tem preço.

Por: Elistênio Alves



sábado, 5 de maio de 2012

O sonho azul


É lindo!

Um bom lençol, a cama quente, o bom livro e na cabeça a tranquilidade de que o sono vai chegar. No celular toca Tim Maia, azul da cor do mar, “Ah se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra contar, dizer que aprendi”. Fazer o que, assim tenho um motivo a mais para sonhar um sonho azul como a cor do mar.


O sonho azul traduz-se no profundo da imensidão da cor dos olhos dela, “mas quem sofre sempre tem que procurar pelo menos vir achar razão para viver”. Engraçado, em meio à busca do sonho os sinais dela me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro a vontade é devorá-la. Um Djavan qualquer saberia explicar o que penso.


Não, não quero outra vida, quero o azul dos olhos dela. Que poder! Ela une todas as coisas com o seu olhar. Não tenho medo de errar, quero insistir em nós.


Por Elistênio Alves

Emanemo-nos


Hoje percebi que nem tudo é como era antes, talvez esteja velho de mais, é verdade os fios brancos estão aparecendo. 

Queria que tudo tivesse dado certo ou que pelo menos representasse o que eu queria ser, um verdadeiro artista. Enquanto escrevia essas linhas a música que embalou momentos veio na mente, foram momentos únicos e que guardarei, apenas guardarei. Pessoas novas ocupam sonhos que um dia pretendia realizar, boto fé, afinal acredito que nem tudo na vida é infeliz. 


Emanemo-nos.  


Por Elistênio Alves

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Descobri que sou invisível

Não me percebam, não me reconheçam, não me chamem, não perguntem por mim. Não me olhem, não me cutuquem, não me falem, não me curtam. Sou invisível. 

Eu percebo a distância do importante e do imprestável. 

Não escrevo, não me visto bem, pouco me expresso, falo errado, mas precisam de mim. E quando precisam, me ligam, me cutucam, me falam, me perturbam, me mandam mensagens, me reconhecem, me olham. Ganho cores, sou visível. 

Sinto-me mais importante sendo invisível, sou eu puro, passo sem bom dia, saio sem boa noite. É melhor do que a simples palavra ao léu, sem sentimento. Sei que sirvo, sei que não sou o único e também sei que eles sabem disso. 

Não me importo, sou feliz, durmo em paz. Amo quem me ama, escuto minhas músicas “paia”, sou de verdade, palpável, perto das pessoas que realmente sabem dizer “muito obrigado”.  

Por Elistênio Alves.

domingo, 18 de março de 2012

Assim é ela

Assim é ela, como a junção entre os azuis do céu e do mar.
Assim é ela, como dias de verão em noites de inverno, como o amanhecer e o alvorecer de um dia de sol perfeito.
Assim é ela, como os minutos que não passam no relógio, como as nuvens negras que não fazem chover.
Assim é ela, como uma noite de Capital, como um sonho bom em noites de frio.
Assim é ela, como o doce amargo do chocolate, como uma pequena EVA em uma ASTRONAVE.
Assim é ela, como algo que reflete a imagem do que eu sempre sonhei em ter perto de mim.


Mas assim é ela... 
Ela foi embora, só sei o seu nome e para onde foi, mas o que me deixa feliz é saber que ela foi, mas não disse adeus. 

Por Elistênio Alves

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hoje entendo Caetano

O vento soprava no telhado, a rua já não fazia mais barulho, o céu já estava escuro e o silêncio entrava pela porta do meu quarto. Entendo hoje o que Caetano quis dizer: “Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois”. Ah, lá estou, olhando para o vazio do escuro, imaginando se um dia ela vai chegar. Meus olhos fecharam-se e em sintonia todos os meus sonhos era ELA. Na verdade não sei o que acontece. Queria ter a coragem para dizer o que tenho pra falar, das coisas que guardo no peito. Tenho um consolo, a caneta e o papel. Preciso ficar atento as palavras que compõem a letra da música, parei na segunda: “O antes, o agora e o depois”.

Por Elistênio Alves

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A face de um verdadeiro artista


Sim, o artista é um verdadeiro artista.
Ser falso, ignorado, surpreendido, amado e odiado.
Para um artista o mundo sempre foi e sempre será um mundo sem igual onde se representa o bem e mau.
A busca pelo incompleto que se envolve na ilusão dos pensamentos.
A lucidez por muitas vezes se afasta dando lugar a viagem suprema da alma em se. 

O mundo gira e as formas se contorcem.
O verdadeiro artista é aquele que se amedronta, mas sente-se preparado para lutar.
O verdadeiro artista é aquele acredita na força suprema do pensamento.
O verdadeiro artista é aquele que tem a loucura controlada pelos sentimentos.
O verdadeiro artista é aquele que não se incomoda com o que incomoda.

Por Elistênio Alves

domingo, 9 de outubro de 2011

O auto da Maravilha

Foto: Elistênio Alves
Um elo. A certa junção de extremos diferentes. Recanto onde se construiu várias histórias. Busca-se auto. Pode se dizer que é outra cidade, pode se dizer que são outras culturas, pode se dizer que é o mesmo. Pode se separar pelo rio, pode se separar por um ser Francisco e o outro Antonio, pode se separar por um ser Esperança e o outro ser Maravilha.
Pode ser igual pelas personalidades, pode ser igual pela alegria ou pode ser igual por ser sempre Quixeramobim.

Penso como o grande poeta, “tudo se encontra depois do auto da Maravilha".

Por Elistênio Alves

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Coisas do meu Quixeramobim

Foto: Elistênio Alves
Existem determinados tipos de coisas que só existem no meu Quixeramobim. Comentava outro dia com alguns amigos sobre isso. São pessoas, cismas, crendices que se tornam características de nossa terra. Citarei algumas que certamente verá que falo a verdade.

Quem não conhece o ditado ecoado por ele nas ruas como frase de vida: “ quem pode mais do que Deus?”. Seu Lindival, que sempre anda com o rádio debaixo do braço, e a bengala na mão. Nas ruas faz o maior sucesso com sua simpatia e seu jeito aperreado e “zuadento” de falar. E que tal as irmãs lá dos Paus Brancos, Socorrinha e Carminha. As duas possuem como característica marcante a veia política.

Quem nunca foi à feira do “troca” todo domingo pela manhã no mercado público! Encontra-se de tudo e mais um pouco por lá, desde um pequeno parafuso a um raio de uma bicicleta, vale ressaltar, que tudo que é trocado e não se tem direito à devolução.

Na culinária, Quixeramobim também possui suas particularidades. Quem nunca provou do feijão da Vanda! É raro um quixeamobinense não ter ainda sentado debaixo daqueles tamarindos para saborear os quitutes do “Kanto de Casa”. A panelada mais conhecida de toda a cidade, sem sombra de dúvida, é a da Dona Raimunda. Aos domingos tem que chegar cedo para garantir a merenda “pesada” em frente ao cemitério.

Certamente existem outras coisas curiosas e outras figuras que retratam a cara do povo de Quixeramobim.  São características cotidianas como essas que formam a identidade permanente “desta terra, valente e altaneira, de prestigio e renome sem par”.

Postado por: Elistênio Alves é integrante do Iphanaq e Ponto de Cultura Patrimônio Vivo.

Fonte: Coluna Banquete Geral/ Sistema Maior de Comunicação

domingo, 18 de setembro de 2011

Por traz da poeira

Posso estar errado tendo a tendência de que estou certo, mas o que apenas consigo ver é o que está por traz da poeira.

Posso estar certo tendo a tendência de que estou errado, mas o que consigo perceber é que por trás da poeira que cobre teus cabelos está a força sublime pra quem escrevo. Posso estar meramente enganado, mas tento ser discreto pra chamar menos atenção.

Posso estar mentindo tendo a tendência de que estou falando a verdade, mas o que consigo considerar é a marca de sua presença que me mata e me anseia.

Posso estar falando a verdade tendo a tendência de que estou mentindo, mas sufoco-me em vê-la apenas por trás da poeira.

Enfim, posso na realidade tudo, só não posso permitir ficar sempre a observando sem fazer nada, inerte na primeira lei da física, porque um dia a poeira baixa e quem sabe aqueles cabelos que só de longe conseguia ver, possa se estender sobre meus ombros sem que a poeira possa atrapalhar.

Por Elistênio Alves

sábado, 10 de setembro de 2011

Sangue do meu sangue

Percebi que em mim faltava algo a me completar. Senti quando a conheci que realmente és sangue do meu sangue, não pela aparência física, mas pela aparência forte do que gostamos. Engraçado parece que um outro tempo pra mim começou agora, e eu deixei claro não a rua mas as ruas me levarem até você. Sim outro tempo começou pra mim agora. Saudosa forma em que te conheço, “morena tropicana”.

Vou lembrar de você onde for, porque tem coisas que ganhamos e que não queremos perder de qualquer forma. Por isso “mana” nos defino como definiria o gênio do reggae “Somos louco porque vivemos em um mundo que não merece nossa lucidez”.


Por Elistênio Alves