O vento soprava no telhado, a rua já não fazia mais barulho, o céu já estava escuro e o silêncio entrava pela porta do meu quarto. Entendo hoje o que Caetano quis dizer: “Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois”. Ah, lá estou, olhando para o vazio do escuro, imaginando se um dia ela vai chegar. Meus olhos fecharam-se e em sintonia todos os meus sonhos era ELA. Na verdade não sei o que acontece. Queria ter a coragem para dizer o que tenho pra falar, das coisas que guardo no peito. Tenho um consolo, a caneta e o papel. Preciso ficar atento as palavras que compõem a letra da música, parei na segunda: “O antes, o agora e o depois”.
Por Elistênio Alves
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