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sábado, 5 de maio de 2012

O sonho azul


É lindo!

Um bom lençol, a cama quente, o bom livro e na cabeça a tranquilidade de que o sono vai chegar. No celular toca Tim Maia, azul da cor do mar, “Ah se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra contar, dizer que aprendi”. Fazer o que, assim tenho um motivo a mais para sonhar um sonho azul como a cor do mar.


O sonho azul traduz-se no profundo da imensidão da cor dos olhos dela, “mas quem sofre sempre tem que procurar pelo menos vir achar razão para viver”. Engraçado, em meio à busca do sonho os sinais dela me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro a vontade é devorá-la. Um Djavan qualquer saberia explicar o que penso.


Não, não quero outra vida, quero o azul dos olhos dela. Que poder! Ela une todas as coisas com o seu olhar. Não tenho medo de errar, quero insistir em nós.


Por Elistênio Alves

Emanemo-nos


Hoje percebi que nem tudo é como era antes, talvez esteja velho de mais, é verdade os fios brancos estão aparecendo. 

Queria que tudo tivesse dado certo ou que pelo menos representasse o que eu queria ser, um verdadeiro artista. Enquanto escrevia essas linhas a música que embalou momentos veio na mente, foram momentos únicos e que guardarei, apenas guardarei. Pessoas novas ocupam sonhos que um dia pretendia realizar, boto fé, afinal acredito que nem tudo na vida é infeliz. 


Emanemo-nos.  


Por Elistênio Alves

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Descobri que sou invisível

Não me percebam, não me reconheçam, não me chamem, não perguntem por mim. Não me olhem, não me cutuquem, não me falem, não me curtam. Sou invisível. 

Eu percebo a distância do importante e do imprestável. 

Não escrevo, não me visto bem, pouco me expresso, falo errado, mas precisam de mim. E quando precisam, me ligam, me cutucam, me falam, me perturbam, me mandam mensagens, me reconhecem, me olham. Ganho cores, sou visível. 

Sinto-me mais importante sendo invisível, sou eu puro, passo sem bom dia, saio sem boa noite. É melhor do que a simples palavra ao léu, sem sentimento. Sei que sirvo, sei que não sou o único e também sei que eles sabem disso. 

Não me importo, sou feliz, durmo em paz. Amo quem me ama, escuto minhas músicas “paia”, sou de verdade, palpável, perto das pessoas que realmente sabem dizer “muito obrigado”.  

Por Elistênio Alves.

domingo, 18 de março de 2012

Assim é ela

Assim é ela, como a junção entre os azuis do céu e do mar.
Assim é ela, como dias de verão em noites de inverno, como o amanhecer e o alvorecer de um dia de sol perfeito.
Assim é ela, como os minutos que não passam no relógio, como as nuvens negras que não fazem chover.
Assim é ela, como uma noite de Capital, como um sonho bom em noites de frio.
Assim é ela, como o doce amargo do chocolate, como uma pequena EVA em uma ASTRONAVE.
Assim é ela, como algo que reflete a imagem do que eu sempre sonhei em ter perto de mim.


Mas assim é ela... 
Ela foi embora, só sei o seu nome e para onde foi, mas o que me deixa feliz é saber que ela foi, mas não disse adeus. 

Por Elistênio Alves

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hoje entendo Caetano

O vento soprava no telhado, a rua já não fazia mais barulho, o céu já estava escuro e o silêncio entrava pela porta do meu quarto. Entendo hoje o que Caetano quis dizer: “Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois”. Ah, lá estou, olhando para o vazio do escuro, imaginando se um dia ela vai chegar. Meus olhos fecharam-se e em sintonia todos os meus sonhos era ELA. Na verdade não sei o que acontece. Queria ter a coragem para dizer o que tenho pra falar, das coisas que guardo no peito. Tenho um consolo, a caneta e o papel. Preciso ficar atento as palavras que compõem a letra da música, parei na segunda: “O antes, o agora e o depois”.

Por Elistênio Alves