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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A face de um verdadeiro artista


Sim, o artista é um verdadeiro artista.
Ser falso, ignorado, surpreendido, amado e odiado.
Para um artista o mundo sempre foi e sempre será um mundo sem igual onde se representa o bem e mau.
A busca pelo incompleto que se envolve na ilusão dos pensamentos.
A lucidez por muitas vezes se afasta dando lugar a viagem suprema da alma em se. 

O mundo gira e as formas se contorcem.
O verdadeiro artista é aquele que se amedronta, mas sente-se preparado para lutar.
O verdadeiro artista é aquele acredita na força suprema do pensamento.
O verdadeiro artista é aquele que tem a loucura controlada pelos sentimentos.
O verdadeiro artista é aquele que não se incomoda com o que incomoda.

Por Elistênio Alves

domingo, 9 de outubro de 2011

O auto da Maravilha

Foto: Elistênio Alves
Um elo. A certa junção de extremos diferentes. Recanto onde se construiu várias histórias. Busca-se auto. Pode se dizer que é outra cidade, pode se dizer que são outras culturas, pode se dizer que é o mesmo. Pode se separar pelo rio, pode se separar por um ser Francisco e o outro Antonio, pode se separar por um ser Esperança e o outro ser Maravilha.
Pode ser igual pelas personalidades, pode ser igual pela alegria ou pode ser igual por ser sempre Quixeramobim.

Penso como o grande poeta, “tudo se encontra depois do auto da Maravilha".

Por Elistênio Alves

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Coisas do meu Quixeramobim

Foto: Elistênio Alves
Existem determinados tipos de coisas que só existem no meu Quixeramobim. Comentava outro dia com alguns amigos sobre isso. São pessoas, cismas, crendices que se tornam características de nossa terra. Citarei algumas que certamente verá que falo a verdade.

Quem não conhece o ditado ecoado por ele nas ruas como frase de vida: “ quem pode mais do que Deus?”. Seu Lindival, que sempre anda com o rádio debaixo do braço, e a bengala na mão. Nas ruas faz o maior sucesso com sua simpatia e seu jeito aperreado e “zuadento” de falar. E que tal as irmãs lá dos Paus Brancos, Socorrinha e Carminha. As duas possuem como característica marcante a veia política.

Quem nunca foi à feira do “troca” todo domingo pela manhã no mercado público! Encontra-se de tudo e mais um pouco por lá, desde um pequeno parafuso a um raio de uma bicicleta, vale ressaltar, que tudo que é trocado e não se tem direito à devolução.

Na culinária, Quixeramobim também possui suas particularidades. Quem nunca provou do feijão da Vanda! É raro um quixeamobinense não ter ainda sentado debaixo daqueles tamarindos para saborear os quitutes do “Kanto de Casa”. A panelada mais conhecida de toda a cidade, sem sombra de dúvida, é a da Dona Raimunda. Aos domingos tem que chegar cedo para garantir a merenda “pesada” em frente ao cemitério.

Certamente existem outras coisas curiosas e outras figuras que retratam a cara do povo de Quixeramobim.  São características cotidianas como essas que formam a identidade permanente “desta terra, valente e altaneira, de prestigio e renome sem par”.

Postado por: Elistênio Alves é integrante do Iphanaq e Ponto de Cultura Patrimônio Vivo.

Fonte: Coluna Banquete Geral/ Sistema Maior de Comunicação

domingo, 18 de setembro de 2011

Por traz da poeira

Posso estar errado tendo a tendência de que estou certo, mas o que apenas consigo ver é o que está por traz da poeira.

Posso estar certo tendo a tendência de que estou errado, mas o que consigo perceber é que por trás da poeira que cobre teus cabelos está a força sublime pra quem escrevo. Posso estar meramente enganado, mas tento ser discreto pra chamar menos atenção.

Posso estar mentindo tendo a tendência de que estou falando a verdade, mas o que consigo considerar é a marca de sua presença que me mata e me anseia.

Posso estar falando a verdade tendo a tendência de que estou mentindo, mas sufoco-me em vê-la apenas por trás da poeira.

Enfim, posso na realidade tudo, só não posso permitir ficar sempre a observando sem fazer nada, inerte na primeira lei da física, porque um dia a poeira baixa e quem sabe aqueles cabelos que só de longe conseguia ver, possa se estender sobre meus ombros sem que a poeira possa atrapalhar.

Por Elistênio Alves

sábado, 10 de setembro de 2011

Sangue do meu sangue

Percebi que em mim faltava algo a me completar. Senti quando a conheci que realmente és sangue do meu sangue, não pela aparência física, mas pela aparência forte do que gostamos. Engraçado parece que um outro tempo pra mim começou agora, e eu deixei claro não a rua mas as ruas me levarem até você. Sim outro tempo começou pra mim agora. Saudosa forma em que te conheço, “morena tropicana”.

Vou lembrar de você onde for, porque tem coisas que ganhamos e que não queremos perder de qualquer forma. Por isso “mana” nos defino como definiria o gênio do reggae “Somos louco porque vivemos em um mundo que não merece nossa lucidez”.


Por Elistênio Alves

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sim saudade torna-se fome


“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
                                                                                             (Clarice Lispector)

Sábio pensamento. Tento parar e pensar o quanto uma saudade anseia de verdade a euforia da presença. Aguardo minutos, horas, dias e até meses por um momento, um simples momento que se torna por muitas vezes inesquecível.  A absorção por inteiro, a vontade de tê-la de corpo e alma como fonte única de energia vital em minha vida, é permeada pela submissão da insegura e impulsiva saudade, que assim como a fome se torna algo saciável quando de verdade se come de fato a presença.

Por Elistênio Alves

terça-feira, 5 de julho de 2011

Palavras que me faltam


Faltam-me palavras para descrever o que sinto. Sei que dissolverá durante o tempo. Mas já dizia o poeta, “quero vive-lo em cada vão momento” [...] Nas noites me fecho em meu quarto, penso de que forma voltarei a ver aquele sorriso delicado e simples. Fico paralisado, em instantes tudo vem a minha cabeça, confundo-me comigo mesmo. Mais aprendi que nada na vida é em vão, tudo tem um propósito. Quero acreditar hoje no que diz a letra da música “ quem disse que o amor pode acabar” [...]

Por Elistênio Alves

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ao som de um violão


É encantador o soar das cordas de um violão.
São vários dós, rés, mis, fás, que fazem refletir.
Pensei nos grandes amores que já tive, e o que me fazia recordar eram as músicas que marcaram cada momento.
 Lembrava de detalhes.
Sempre temos músicas que  traduzem pedaços, trechos de nossas vidas.
Acho que a pureza das notas faz com que tais momentos de ouvir o violão seja mágico, e que sem sombra de dúvida tornar-se-á marcado em minhas recordações.

 Por Elistênio Alves

terça-feira, 24 de maio de 2011

A descrição de um olhar


Foi o toque singelo em suas mãos, que naquele instante estavam geladas, sua respiração ofegante. Expressei meu olhar em suas mãos que aos poucos recebia o calor das minhas. Sorrateiramente levantei o meu olhar e fixei em seus olhos.  Estavam paralisados. Percebi que aos poucos, quando as palavras iam dissolvendo de sua boca eles carregavam-se de lágrimas. Detive-me em pensamentos bons, pois naquele momento tive a prova que queria, senti a pureza que sentes. As lágrimas continuavam a permear seu olhar, mais você as segurou e não deixou que elas rolassem  rosto abaixo. A abracei . Finalizei aquela cena da vida real com um beijo. Guardarei aquele momento como sendo único.

Por Elistênio Alves

domingo, 22 de maio de 2011

Olhos fechados



Com olhos fechados tento procurá-la, penso, imagino, a transformo em minha mente.
As vezes tento buscar em minha intuição a certeza do que faço, a certeza do que quero. Não sei bem certo até onde vai, sei que começou.
Devo não preocupar-me, devo levá-la comigo, devo tê-la perto de mim, devo tê-la em meu pensamento, mesmo quando fecho os olhos, devo levá-la onde quer que eu vá.

Por Elistênio Alves

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Felicidade


Acredito que a felicidade esteja nas pequenas coisas da vida.
Quando você se sente feliz?
Eu por exemplo sinto-me feliz quando escuto minha música preferida.
Sinto-me feliz quando sonho coisas boas.
Sinto-me feliz quando estou perto ou conversando com a pessoa que gosto.
Sinto-me feliz quando estou com amigos...
A felicidade não é algo concreto, eu sei, mais é algo que almejamos por que faz bem, e aquilo que faz bem é bom.
Agora, sinto-me feliz por está escrevendo, e espero que você esteja feliz por está lendo o que escrevo...

Por Elistênio Alves 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

As pessoas se vão.


As pessoas se vão
Vão como as flores na primavera,
Como os pássaros no inverno,
Como o sol em dia de chuva.

Talvez eu não queria que fosse assim, recordo-me dos bons momentos que hoje são apenas bons “momentos” e nada mais. Guardo ainda em meu pensamento sua voz doce,  sua face,  seu sorriso seus olhos...
“Hoje a noite não tem luar e eu estou sem ela já não sei onde procurar, onde está meu amor.”

Por Elistênio Alves 

domingo, 27 de março de 2011

Contentar-me


Preciso contentar-me com a distância
Preciso contentar-me pela foto
Preciso contentar-me com a música preferida
Preciso contentar-me em tê-la comigo apenas ao pé do ouvido, pelo telefone.
Preciso contentar-me com não estar próximo da maneira que queria
Preciso contentar-me com minha imaginação
Preciso contentar-me com a dificuldade ou a pouca frequência com que nos comunicamos
Preciso não mais contentar-me
Preciso tê-la, isso me deixará muito mais feliz.

Por Elistênio Alves 

domingo, 20 de março de 2011

A Certeza


Na vida existem poucas certezas.
Certeza de que não mais veremos pessoas que somos acostumados a ver em nosso cotidiano.
Certeza de que sempre podemos magoar alguém e não dar tempo de sermos perdoados pela mágoa.
Certeza de que poderíamos sempre ter dado a devida atenção a pessoa mais próxima.
A certeza de que nem tudo é pra sempre.
A certeza de que o fim está próximo e que o começo pode ser o fim.
A certeza de que sempre poderemos está errado pensando que estamos certos.
A certeza de que todos nós nos encontraremos com o único mal irremediável.
Porque tudo que é vivo morre.

Por Elistênio Alves 

terça-feira, 15 de março de 2011

Barrador ou Barragem


Contensão. 

O cimento, a areia, a brita que hoje se solidificou, torna-se história e identidade de uma terra , de uma gente, de uma cidade.
Um rio. 

O caminho do eixo das águas na imensidão do sertão esbarra, se atrapalha, se contém.

Mata a sede do teu povo...

Nas grandes secas és preciosa, és de fato uma idéia boa. Nas grandes cheias ou pelo menos quando São José é generoso nos abrilhanta com a dança das águas, deixa o sertanejo de mãos calejadas pelo sofrimento, feliz.
O verbo sangrar nunca é tão bem recebido como que tu pronuncias. 

Barrador de águas
Barrador de vida 
Barrador de felicidade 
OU 
Apenas Barragem.

 Por Elistênio Alves

quinta-feira, 10 de março de 2011

Retorno


Sonhei
Acreditei
 Forcei a barra
Me precipitei
Me arrependi
Me perguntei porque isso acontecia comigo.
Vê-la em outros braços era matá-la um pouquinho dentro de mim. Foram os olhos fixados nos meus, seu aroma ainda pregueado na minha pele.
Um único relance, retorno a um passado próximo, são lembranças boas, de momentos bons. Em pensar que não mais aconteceria, aconteceu. Inevitável, inexplicável ...
Hoje digo deu saudade- ' Mais basta olhar no fundo dos meus olhos pra ver que já não sou como era antes.

Por Elistênio Alves 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sinta-Pensamento


O que nos leva a ter tal pensamento.
É estar e não estar. 
É encontrar-se próximo mais não da maneira com que queremos que fosse a proximidade. 
Lá no fundo bate saudade do que não vivemos...
Nos deixar levar, carregar-se espontaneamente como a letra de uma música, sendo a música preferida.
Acelera-se o batimento, toma de conta o sentimento, o puro sentimento do que realmente queremos sentir.

Por Elistênio Alves 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Música!


É simples falar da arte de se ouvir. É impossível não nos mexermos, não nos animarmos com um bom som. Som de forma suave, de forma pesada, de forma simples, de forma complicada.
Música!
Maneira de se expressar, de se manifestar, de tornar-se diferente um tanto quanto consequente ou inconsequente.
Música!
É marcar pessoas positivamente ou negativamente...
Música!
Extravasar sentimentos ocultos, obscuros que os guardamos e que pomos pra fora ao ouvi-la.
Música!
Elevar a alma...Tornar-se culto, tornar-se feliz...
Música!
Música é tornar-se música!

Por Elistênio Alves 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Amizade



Profundo sentimento onde buscamos nos fortalecer no próximo.
Onde tentamos servir de apoio, onde o único propósito é fazer quem profundamente gostamos felizes. 
De tal maneira a externar  o Eu e expor o Nós, sem diferença, sem medo, sem frescura.
É a maneira simples de reconhecer quem sempre do teu lado estás.
Amizade é sentir no abraço, no aperto de mão tudo aquilo que ela proporcionou de bom.
Ter uma amizade é ter a capacidade de sentir-se no meio de tantos, é se sentir único, é sentir-se menos só.

Por Elistênio Alves 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Seus olhos


Juro que não vi nada tão impressionante.
É impossível vê-los e não fixar-se na profundeza do indizível,
misterioso olhar que tens.
As vezes a figura de um olhar reflete a mais segura certeza de quem somos.
Assim sois vós.
Um Lápis...
O realce desta beleza que faz com que aconteça o deslumbramento, de modo a paralisar a quem vê tal forma tão límpida.
Por trás deles uma sombra, que cada vez o faz mais sem resposta, sem certeza,

     O faz ser apenas
                A                                         
                        Menina   
                                          Dos
                                                        Olhos  
                                                                        Bonitos

  
Por Elistênio Alves